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CIDADES |
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Safra de verão no Rio Grande do Sul registra impactos climáticos e desafios na produção agrícola |
| Estiagem prolongada afeta feijão, milho e pastagens, enquanto arroz e soja avançam com apoio das chuvas recentes, segundo informativo da Emater RS |
A Emater/RS-Ascar divulgou, na quinta-feira (18/12), o Informativo Conjuntural com o panorama da safra de verão no Rio Grande do Sul, destacando os efeitos das adversidades climáticas sobre as principais culturas agrícolas e a pecuária no Estado.
Para o feijão 1ª safra, a projeção é de 26.096 hectares plantados, com boa parte das áreas já semeadas, restando concluir o plantio nos Campos de Cima da Serra, principal região produtora. Apesar das chuvas ocorridas no dia 08/12 terem recomposto parcialmente a umidade do solo, a estiagem prolongada causou perdas irreversíveis na produtividade e na qualidade do grão, estimada em 1.779 kg/ha. Houve abortamento de flores, queda de vagens e aumento pontual da incidência de ácaros.
Na cultura do arroz, a semeadura está próxima da conclusão, com mais de 95% da área projetada de 920.081 hectares já implantada. As chuvas de dezembro favoreceram a germinação, a irrigação contínua e a recomposição de mananciais, com produtividade estimada em 8.752 kg/ha, apesar de registros pontuais de alagamentos.
A soja alcançou 89% da área projetada, totalizando 6.742.236 hectares. As precipitações recentes permitiram a retomada do plantio e a recuperação de lavouras que apresentavam estresse hídrico. O escalonamento do plantio é considerado um fator de redução de riscos diante da possibilidade de novas estiagens associadas ao fenômeno La Niña.
O milho apresenta cenário heterogêneo. O déficit hídrico reduziu o potencial produtivo de lavouras de sequeiro, especialmente nas fases reprodutivas. Atualmente, 90% da área projetada de 785.030 hectares está semeada, com produtividade estimada em 7.370 kg/ha. Já o milho para silagem teve a situação estabilizada após as chuvas, com produtividade estimada em 38.338 kg/ha.
As pastagens apresentaram melhora significativa na oferta e na qualidade, beneficiadas pelas chuvas e pelo aumento das temperaturas, refletindo positivamente na bovinocultura de corte, que mantém boa condição corporal e sanitária dos rebanhos. O mercado de animais para abate segue aquecido devido ao aumento do consumo no período de final de ano.
Na ovinocultura, os rebanhos apresentam bom estado sanitário e corporal, com manejo voltado ao desmame, controle parasitário e bem-estar animal. A comercialização de ovinos e da carne ovina está aquecida, impulsionada pelas festas de final de ano, contribuindo para o aumento da renda dos produtores.
O levantamento reforça a importância do monitoramento climático e do manejo adequado para minimizar perdas e garantir a sustentabilidade da produção agropecuária no Estado.
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